A luta dos empregados do Sindipetro AL/SE em Sergipe tem sido árdua. Há anos, esses trabalhadores enfrentam uma batalha intensa contra as atitudes intransigentes e ditatoriais da diretoria desse sindicato, que age com o apoio jurídico da entidade. Toda essa situação surgiu quando os empregados se recusaram a aceitar uma proposta de acordo coletivo que retirava direitos e conquistas históricas.
Desde então, esses trabalhadores vêm sendo vítimas de perseguições, assédio moral e psicológico, chantagens, advertências injustificadas, criminalização, judicialização e demissões políticas. Há quase quatro anos, também sofrem com a falta de reajuste salarial e o não pagamento de valores retroativos. No entanto, cruzar os braços nunca foi uma opção. Desde o início dessa luta, eles têm se mobilizado incansavelmente para resistir a essas injustiças e impedir que a covardia prevaleça. Esses trabalhadores, que sempre estiveram na linha de frente das lutas da categoria petroleira e de outras categorias, continuam firmes em busca de melhores condições de vida para todos.
A união, a força, a coragem e a resiliência desses trabalhadores são os pilares que os mantêm firmes nessa luta, pois a verdade sempre prevalecerá sobre a mentira. Como fruto dessa mobilização incansável, no dia 22 de janeiro, houve um avanço significativo na busca por justiça. O processo de Cacau foi julgado em segunda instância pelo Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-20), e, por unanimidade, a segunda turma anulou a sentença de primeira instância. Agora, após escoados os recursos, o caso deve retornar à instância original para que sejam ouvidas as testemunhas, possibilitando que possam prestar seus depoimentos, garantindo o direito legítimo de defesa, que, de acordo com a decisão do TRT-20 foi violado. Além disso, a direção do Sindipetro AL/SE terá que se explicar sobre a demissão de uma empregada que, mesmo enfrentando um grave quadro de doença psicológica, foi demitida sem a realização do exame demissional obrigatório.
A batalha, no entanto, está longe do fim. Os trabalhadores enfrentam sindicalistas que adotam práticas antissindicais e utilizam a estrutura financeira da entidade, patrimônio dos associados, para contratar ainda mais advogados externos na tentativa de encontrar brechas jurídicas que permitam retirar conquistas históricas e seguir com os esforços para demitir os empregados que resistem às suas imposições.
Por mais dolorosa, sacrificante e difícil que seja essa luta, os trabalhadores continuarão atuando em todas as frentes para garantir a manutenção do acordo coletivo de trabalho e a reintegração dos companheiros Alberto e Cacau, demitidos por motivação política. Em breve, ambos deverão retomar seus postos de trabalho, recuperando a dignidade que tem sido cruelmente atacada pela diretoria do Sindipetro AL/SE, sob a orientação jurídica da entidade.
Nenhum trabalhador merece ter sua honra e dignidade violadas. Nenhuma luta será em vão!