A greve nacional nas Instituições Federais de Ensino, deflagrada há mais de 70 dias,
alcança hoje 39 instituições. O governo federal é o único responsável por esta situação
que coloca em risco o processo de formação de milhares de estu-dantes, demonstrando mais
uma vez sua incompetência, impotência e arrogância na resolução de problemas que afetam
a sociedade brasileira.
Insensível à grave situação salarial dos professores, o governo concedeu no início do
ano um reajuste de 0,1%. Em 06 de junho o sindicato protocolou no MEC nos-sa pauta de
reivindicações que não foi respondida pelo governo, levando a cate-goria a deflagrar a
greve cerca de 90 dias após esta data. Durante o processo de negociação entre o Comando
Nacional de Greve do ANDES-SN, que começou somente 31 dias depois de deflagrada a
paralisação nas IFES, o MEC reapresen-tou três vezes uma proposta com as mesmas bases
conceituais, ignorando a re-jeição categórica das assembléias gerais realizadas em todo
país.
O Comando explica que a proposta do governo não resolve nem aponta para uma solução de
problemas históricos da categoria, como a perda gradativa do salário diante da inflação,
a distorção salarial entre ativos, aposentados e pensionistas e a desigualdade, também
salarial, entre docentes dos 1º, 2º e 3º graus. Além disto, as gratificações formam a
maior parte do salário que, ao contrário do que alardeia o governo, são baixos e
incompatíveis com a natureza do trabalho fazer acadêmi-co. Na verdade, a proposta do
governo mantém a lógica de valorização de gratifi-cações em detrimento do salário
básico, ampliando distorções e dificultando ainda mais sua correção no futuro. No
tratamento dispensado aos aposentados, fica evi-dente que o governo os considera um mero
ônus orçamentário.
Por isso, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN reafirma seus princípios de luta em
defesa da universidade pública e gratuita, pela valorização do trabalho docente e pelo
aumento da dotação orçamentária para as instituições federais de ensino, os quais só se
concretizam por meio da valorização do salário, da remune-ração igual para trabalho
igual (isonomia), da equiparação dos salários entre ati-vos e aposentado (paridade) e da
realização de concursos públicos para reposi-ção e ampliação do quadro de professores.
O governo que gasta bilhões de reais (dólares) para manter uma política econômi-ca e
social que beneficia os interesses do capital, desconhece a cultura, o saber e o seu
papel estratégico na construção do país. Os docentes continuarão na luta, a história
saberá reconhecer quem efetivamente trabalha pelo país, pelo povo e por uma sociedade
democrática.
Atenciosamente,
CNG/ANDES-SN
alcança hoje 39 instituições. O governo federal é o único responsável por esta situação
que coloca em risco o processo de formação de milhares de estu-dantes, demonstrando mais
uma vez sua incompetência, impotência e arrogância na resolução de problemas que afetam
a sociedade brasileira.
Insensível à grave situação salarial dos professores, o governo concedeu no início do
ano um reajuste de 0,1%. Em 06 de junho o sindicato protocolou no MEC nos-sa pauta de
reivindicações que não foi respondida pelo governo, levando a cate-goria a deflagrar a
greve cerca de 90 dias após esta data. Durante o processo de negociação entre o Comando
Nacional de Greve do ANDES-SN, que começou somente 31 dias depois de deflagrada a
paralisação nas IFES, o MEC reapresen-tou três vezes uma proposta com as mesmas bases
conceituais, ignorando a re-jeição categórica das assembléias gerais realizadas em todo
país.
O Comando explica que a proposta do governo não resolve nem aponta para uma solução de
problemas históricos da categoria, como a perda gradativa do salário diante da inflação,
a distorção salarial entre ativos, aposentados e pensionistas e a desigualdade, também
salarial, entre docentes dos 1º, 2º e 3º graus. Além disto, as gratificações formam a
maior parte do salário que, ao contrário do que alardeia o governo, são baixos e
incompatíveis com a natureza do trabalho fazer acadêmi-co. Na verdade, a proposta do
governo mantém a lógica de valorização de gratifi-cações em detrimento do salário
básico, ampliando distorções e dificultando ainda mais sua correção no futuro. No
tratamento dispensado aos aposentados, fica evi-dente que o governo os considera um mero
ônus orçamentário.
Por isso, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN reafirma seus princípios de luta em
defesa da universidade pública e gratuita, pela valorização do trabalho docente e pelo
aumento da dotação orçamentária para as instituições federais de ensino, os quais só se
concretizam por meio da valorização do salário, da remune-ração igual para trabalho
igual (isonomia), da equiparação dos salários entre ati-vos e aposentado (paridade) e da
realização de concursos públicos para reposi-ção e ampliação do quadro de professores.
O governo que gasta bilhões de reais (dólares) para manter uma política econômi-ca e
social que beneficia os interesses do capital, desconhece a cultura, o saber e o seu
papel estratégico na construção do país. Os docentes continuarão na luta, a história
saberá reconhecer quem efetivamente trabalha pelo país, pelo povo e por uma sociedade
democrática.
Atenciosamente,
CNG/ANDES-SN