Não achei que ia viver para testemunhar, ou melhor, para ler sobre uma barbaridade dessas.
Documentos obtidos pelo jornal Washington Post mostram que um certo Grupo de Guerra Assimétrica, do Pentágono, desenvolveu uma nova tática de combate aos insurgentes no Iraque.
Consiste em "plantar", em lugares públicos, estopim, explosivos plásticos, munição e outros objetos que poderiam interessar a um terrorista - na verdade, peças cenográficas.
De acordo com o depoimento do capitão de um batalhão de franco atiradores, "fisgar é colocar um objeto que sabemos que eles [terroristas] vão usar, com o objetivo de destruir o inimigo".
"Colocamos o objeto e ficamos de olho. Se alguém encontrar, pegar e tentar levar o objeto 'engajamos' o indivíduo, uma vez que estaria demonstrada a intenção dele de usar a arma contra as Forças Armadas dos Estados Unidos", continuou.
'Engajamos', nesse caso, é assassinamos.
E se um civil curioso encontrar um objeto desses e decidir entregá-lo às autoridades iraquianas?
É morto por um franco-atirador americano.
Até o presidente do Instituto Nacional de Justiça Militar dos Estados Unidos ficou perplexo: "Num país inundado por armamentos e objetos de guerra, se atirarmos toda vez que alguém pegar algo que tem o potencial de ser usado como arma [contra os americanos] é melhor pedir a todos os iraquianos que usem um alvo nas costas".
Luiz Carlos Azenha
Publicado em 27 de setembro de 2007
Documentos obtidos pelo jornal Washington Post mostram que um certo Grupo de Guerra Assimétrica, do Pentágono, desenvolveu uma nova tática de combate aos insurgentes no Iraque.
Consiste em "plantar", em lugares públicos, estopim, explosivos plásticos, munição e outros objetos que poderiam interessar a um terrorista - na verdade, peças cenográficas.
De acordo com o depoimento do capitão de um batalhão de franco atiradores, "fisgar é colocar um objeto que sabemos que eles [terroristas] vão usar, com o objetivo de destruir o inimigo".
"Colocamos o objeto e ficamos de olho. Se alguém encontrar, pegar e tentar levar o objeto 'engajamos' o indivíduo, uma vez que estaria demonstrada a intenção dele de usar a arma contra as Forças Armadas dos Estados Unidos", continuou.
'Engajamos', nesse caso, é assassinamos.
E se um civil curioso encontrar um objeto desses e decidir entregá-lo às autoridades iraquianas?
É morto por um franco-atirador americano.
Até o presidente do Instituto Nacional de Justiça Militar dos Estados Unidos ficou perplexo: "Num país inundado por armamentos e objetos de guerra, se atirarmos toda vez que alguém pegar algo que tem o potencial de ser usado como arma [contra os americanos] é melhor pedir a todos os iraquianos que usem um alvo nas costas".
Luiz Carlos Azenha
Publicado em 27 de setembro de 2007