Está chegando mais um Natal, com sua essência de solidariedade e renovação. É um momento de reflexão sobre a importância de valorizar as relações humanas e praticar a generosidade. Porém, no Sindipetro AL/SE, a realidade é brutal e desumana. Aqueles que deveriam estar na linha de frente na defesa da classe trabalhadora, os dirigentes desse sindicato, são justamente os responsáveis por impor um fardo devastador. Um exemplo claro disso é a trabalhadora Cacau, demitida por motivações políticas mesmo enquanto enfrenta um grave quadro de doença psicológica.
Os patrões sindicalistas que hoje comandam o Sindipetro AL/SE agem com desprezo, desacreditando, julgando e criticando impiedosamente essa trabalhadora que, em um passado não tão distante, era chamada por eles de companheira de luta. Essa atitude cruel e incoerente fere profundamente, atingindo-a em um nível que vai muito além do físico. Dominados pela vaidade, pelo ego inflado e pela soberba, esses dirigentes abandonaram a solidariedade e o respeito que deveriam nortear suas ações. Em vez de estenderem a mão, optam por intensificar o sofrimento de uma guerreira que dedicou mais de três décadas de sua vida à categoria petroleira, com um histórico impecável, sem qualquer advertência ou mácula em sua conduta. De forma injusta e desumana, a afastaram de suas atividades laborais, deixando-a à própria sorte, mesmo cientes da grave doença que a acomete, fruto de tanto assédio e perseguição.
Para Cacau e os seus companheiros de luta é angustiante ver as contas se acumulando, os compromissos vencendo e não ter meios de honrá-los. O sentimento de impotência e desespero consome a alma. Saber que tudo isso é consequência das ações da diretoria do Sindipetro AL/SE, daqueles que dizem defender e lutar por uma vida melhor para todos, torna a dor ainda mais insuportável.
O Natal celebra a esperança, a união e o desejo de construir um mundo mais acolhedor. É um convite para olhar para o outro com empatia. No entanto, neste Natal, para Cacau, tudo será diferente, sem salário, sem décimo terceiro e sem condições de proporcionar uma ceia digna para a família. Apesar disso, a luta continuará firme. E, no momento adequado, todo esse sofrimento será cobrado com juros, em nome da justiça e da verdadeira solidariedade sindical.