Os trabalhadores do SINDIPETRO AL/SE estão engajados há mais de 89 dias em uma luta contra as ações truculentas e as práticas antissindicais da Direção deste sindicato, que promoveu a demissão política de Cacau, uma dirigente do SINTES/SE com mais de 30 anos de trabalho na entidade. E continuam perseguindo Alberto Calazans, o atual Presidente do SINTES/SE. Em resposta, estamos realizando manifestações diárias em frente à sede, exigindo sua readmissão imediata e um basta aos assédios aos trabalhadores e a essas práticas antissindicais.
Durante esse período de lutas diárias, Alberto Calazans já recebeu três advertências da diretoria do SINDIPETRO AL/SE, sendo a terceira entregue no dia primeiro de abril, data em que o Golpe Militar completou 50 anos, um dia que nos remete a refletir sobre as perseguições e assassinatos de dirigentes sindicais que lutaram bravamente em defesa da democracia e dos direitos fundamentais de toda a sociedade. No entanto, a diretoria do SINDIPETRO AL/SE entendeu que continuar os ataques a um dirigente sindical seria a melhor forma de comemorar essa data.
Quatro dias após a terceira advertência recebida por Alberto Calazans, no dia 05 de abril, no ato de número 85 (oitenta e cinco dias fazendo atos na porta do sindicato), fomos recepcionados por seguranças contratados pelos diretores do Sindipetro AL/SE para impedir nosso acesso ao sindicato, vale frisar que em todos os dias que estivemos presentes na frente do sindicato atuamos de forma ordeira e pacífica. Como se o cerco pelos seguranças não bastasse, o diretor financeiro do Sindipetro AL/SE avançou em direção a Cacau, que falava ao microfone, e agressivamente chutou o cabo do microfone com a clara intenção de danificar o equipamento que ela utilizava. Era evidente intuito de causar tumulto, tal atitude provocou revolta dos participantes, que o questionaram sobre o motivo de tanta truculência, mas o diretor do Sindipetro AL/SE, ironicamente, desafiava as pessoas a lhe agredir, enquanto dava tapas em sua própria face.
Atualmente, mais de 90 petroleiros entre ativos e aposentados integram uma rede de apoio à nossa luta com contribuições mensais para ajudar nossa companheira Cacau, que está sem receber seu salário. Inclusive, já existe uma movimentação da categoria no sentido de convocar uma Assembleia para desfazer os desmandos da atual direção do Sindipetro AL/SE. Reintegração imediata de Cacau às suas funções, anulação das advertências a Alberto Calazans, fim das práticas antissindicais e assédio aos trabalhadores e assinatura do acordo coletivo sem retirada de direitos são algumas das bandeiras de lutas entendidas por essa rede.
Por fim, esperamos que a FNP repudie essa atitude da atual direção do Sindipetro AL/SE, e se posicione de forma a cessar essas ações descabidas dessa diretoria. Agradecemos o apoio crescente da categoria petroleira e de todas as entidades sindicais e de classe que se juntaram à nossa luta por justiça. Os trabalhadores do Sindipetro AL/SE não serão intimidados.