Até que ponto os advogados que prestam assessoria jurídica aos sindicatos defendem os direitos dos trabalhadores? Será que para justificar uma demissão arbitrária é preciso colocar toda a estrutura sindical em risco? Utilizar as armas do sistema patronal é legítimo para manter os brios de uma diretoria truculenta? Esses questionamentos permeiam a mente do sindicalista que toma conhecimento da ação judicial onde o SINTESE – Sindicato dos Professores da Rede Pública de Sergipe – alega que a demissão do trabalhador e dirigente do Sintes/SE, Marcus Nery, foi justa.
Em sua petição, o SINTESE, na figura de seus assessores jurídicos, notadamente reconhecidos pelos serviços prestados aos trabalhadores em geral, afirmar que em uma diretoria sindical somente 07 membros têm direito à estabilidade prevista em lei.
Questionar a estabilidade sindical estendida a todos os diretores sindicais é papel do patrão e não de um sindicato que se diz combativo, tampouco de advogados estão às voltas com as arbitrariedades cometidas contra os trabalhadores.
O SINTESE e seus advogados, colocando em questão a REDUÇÃO DA ESTABILIDADE SINDICAL, promoveram a maior entrega de munição já vislumbrada no meio sindical, ocasionando uma situação complicada para movimento, fato que poderá ocasionar inúmeras demissões de dirigentes que até então se consideravam estáveis.
E agora, o que dizer aos companheiros que estão na mira da arma cuja munição foi cedida pelo SINTESE e os advogados que o representa?