O 1º de Maio classista impulsionado pela Conlutas dos estados de Alagoas e Sergipe parou por quase duas horas a ponte sobre o rio São Francisco no município de Própria, em Sergipe (localizada a 99 quilômetros de Aracaju). Cerca de 400 ativistas, ligados a movimentos sociais, sindicatos, agremiações estudantis, foram ao ato que marcou as comemorações do dia internacional de luta da classe trabalhadora. As reformas neoliberais do governo Lula, os planos do imperialismo para o continente latino-americano e o projeto de transposição das águas do rio São Francisco foram denunciados pelos oradores em suas intervenções. A Conlutas destacou ainda a importância da unidade em torno da luta contra as reformas do governo federal, bem como convocou os ativistas para as manifestações do dia 23 de maio. A história do 1º de maio, com o resgate de seu sentido histórico de luta pela emancipação da classe, também foi lembrado e contraposto aos eventos festivos promovidos pela CUT e Força Sindical. Tribos indígenas (Carapancó e Karapotó de São Sebastião) compareceram ao protesto, que foi marcado ainda pela violência da Polícia Rodoviária Federal que chegou a usar spray de pimenta e a apontar armas de execução contra trabalhadores para desbloquear a ponte. Entoando a palavra de ordem “transposição não, revitalização sim”, os manifestantes demonstraram disposição para barrar esse projeto que só irá beneficiar o agronegócio e o latifúndio. Estiveram presentes ao ato além da Conlutas, a Intersindical, a Conlute, a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), o Sintsep-AL, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Sindipetro AL/SE, Sindjus, Adufal, Simesc (servidores municipais de São Miguel dos Campos-AL), Consulta Popular, representante da colônia dos pescadores de Itaipu, grêmio Cefet, Vamos à luta (FASUBRA), comissão de agentes de saúde, estudantes de São Miguel dos Campos, coletivo feminista da Ufal, grupo Além do Mito, Sindicagese, Senalba, Sintes, oposições do Sintsep-SE, Sindisprev-SE, Sintasa-SE. E os partidos PSTU, PSOL, PCR, PCB.